Enquanto Bolsonaro desencadeia crises políticas e inspira seus subordinados a fazerem o mesmo, fazendo o País refém do corporativismo e do populismo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é virtuoso na sua capacidade de mobilizar a população, a sociedade e a classe política para enfrentar os reais problemas da sociedade brasileira e realizar as reformas necessárias.
Os efeitos nefastos do populismo e das falsas lideranças são mais devastadores para o país que o coronavírus. O primeiro é um câncer que mina a credibilidade das instituições e a confiança no país. Já o segundo é uma epidemia, cujo impacto avassalador é passageiro. O comportamento errático de Bolsonaro e a sua falta de compostura pessoal depreciam a presidência da República.
O presidente usa o cargo para mobilizar as pessoas contra as instituições políticas, quando deveria ser o seu maior defensor. Seus modos rudimentares e o seu escárnio no emprego das palavras desencadeiam crises políticas e inspiram seus subordinados a abandonar o autocontrole necessário para temperar suas falas, agravando desnecessariamente a tensão política entre os Poderes Legislativo e Judiciário.
Do desrespeito aos políticos e jornalistas aos atos de insubordinação e de ilegalidade de policiais (que deveriam ser os defensores da ordem e da lei), o Brasil vai, aos poucos, minando a credibilidade de suas instituições e assistindo o avanço de atitudes autoritárias e antidemocráticas das falsas lideranças.
Maus exemplos | Crivella, Caiado e Zema
No Rio de Janeiro, o prefeito Crivella comandou a destruição de cabines de pedágio da Linha Amarela porque discorda do valor do pedágio cobrado por uma empresa concessionária. Em Goiás, o governador Caiado procura meios para cancelar a concessão da Enel, uma empresa estrangeira que assumiu a falida companhia estatal, a Celg, e investiu centenas de milhões de reais para evitar a interrupção frequente do fornecimento de energia.
E, por fim, o governo liberal de Zema em Minas Gerais, que se dizia comprometido a sanar as finanças do Estado, acabou de aprofundar o rombo do governo ao conceder um aumento de 42% dos vencimentos dos policiais para evitar o motim. Esses exemplos deploráveis aumentam a insegurança jurídica e a desconfiança em relação ao país, retardando a retomada do crescimento econômico, dos investimentos e do emprego.
Bom exemplo | Eduardo Leite
Felizmente, o Rio Grande do Sul oferece um exemplo alentador. O verdadeiro líder é reconhecido por duas virtudes: pelo seu exemplo de conduta pessoal e por sua capacidade de mobilizar as pessoas a enfrentar os reais problemas da sociedade. O governador Eduardo, do Rio Grande do Sul, reúne as duas virtudes: o exemplo pessoal e a capacidade de enfrentar os reais problemas. Não teme a impopularidade momentânea porque sabe que deixará um Estado melhor para os gaúchos. Por isso, sua coragem e determinação em aprovar as reformas previdenciária e administrativa no Rio Grande do Sul.
Além das reformas, o governador Eduardo Leite aprovou um programa ousado de privatização. Criou uma nova carreira pública que lhe permitirá pagar melhor funcionários públicos da ativa e adotar critérios de mérito e desempenho para valorizar o trabalho dos bons servidores. Essas conquistas foram asseguradas por meio do diálogo plural e transparente do governador com a Assembleia Legislativa, partidos políticos, sindicatos e associações de classe e da sua capacidade de enfrentar discussões difíceis sobre a necessidade de se tomar medidas duras para salvar o Estado da bancarrota e permitir que o Rio Grande do Sul volte a crescer e atrair investimentos.
O Rio Grande do Sul é um bom exemplo da valorização da política virtuosa, da capacidade de mobilizar a população, a sociedade e a classe política em torno das reformas do Estado. Esse é o espírito do novo Brasil que precisa triunfar sobre o velho Brasil; o país refém do corporativismo e do populismo.