Movimentos de renovação e novos partidos políticos inspiram mudanças nas tradicionais legendas do país. Uma reforma reforma da governança partidária deveria oferecer regras claras para a distribuição dos recursos eleitorais; limitar os mandatos dos presidentes e da diretoria executiva dos partidos; implementar gestão partidária profissional com autonomia para perseguir metas e ser menos suscetível às pressões pessoais; ter programas de capacitação e recrutamento de militantes e de candidatos aos cargos eletivos tanto da direção partidária, como também dos Poderes Legislativo e Executivo dos governos municipais, estaduais e federal.
A criação de movimentos de renovação política, como o Renova BR, e de novos partidos políticos, como o NOVO, causaram mudanças salutares nas tradicionais legendas partidárias.
A competição pelo recrutamento de jovens talentosos, que desejam ingressar na política e disputar eleições, obrigou os grandes partidos a se estruturarem para não perderem a capacidade de atrair novos quadros para suas legendas.
Ao seguir as boas práticas do Renova BR em formar e capacitar pessoas que desejam disputar eleições para prefeituras e vereança esse ano, partidos tradicionais como o MDB, PSD e Cidadania, começaram a recorrer aos processos criteriosos de recrutamento de candidatos e a investir em programas de formação política por meio de redes sociais e encontros presenciais. Trata-se de uma ótima iniciativa para melhorar a qualidade e a capacitação política das pessoas que desejam exercer o mandato eletivo.
Reforma da governança partidária
Os partidos poderiam aproveitar a onda de renovação política para ir além do processo de recrutamento e de treinamento de candidatos. É fundamental reformarem os pilares da governança partidária para resgatar a credibilidade dos partidos políticos.
O primeiro pilar é cercear o poder absolutista dos presidentes partidários. Partidos são capitanias que tem dono. Os presidentes de partidos têm praticamente poder absoluto para definir os rumos da legenda, a utilização dos recursos, a escolha dos candidatos e quais são as candidaturas favoritas que contarão com mais apoio e dinheiro da legenda para suas campanhas.
Partidos poderiam se antecipar à mudança da legislação e adotarem boas práticas de governança que transformariam padrões éticos de conduta e comportamento em obrigações legais dos dirigentes partidários.
Pilares da boa governança partidária
Uma boa governança partidária tem de estabelecer regras claras para a distribuição dos recursos eleitorais para os candidatos; limitar os mandatos dos presidentes e da diretoria executiva do partido para evitar a criação de capitanias hereditárias; implementar uma gestão partidária profissional que tenha mandato e autonomia para perseguir metas claras definidas pelo partido e ser menos suscetível às pressões pessoais dos dirigentes partidários; a existência de programas de capacitação e recrutamento de militantes e de candidatos aos cargos eletivos tanto da direção partidária, como também dos Poderes Legislativo e Executivo dos governos municipais, estaduais e federal. Os partidos precisam se reestruturar para resgatarem sua importância e credibilidade perante ao eleitorado. Portanto, VirtuNews apoia a iniciativa de um grupo de jovens juristas e partidários que criaram um estatuto de compliance partidário e apresentaram aos presidentes dos principais partidos nacionais.