A cidade, famosa também pelas fontes hidrominerais com propriedades medicinais, soube aproveitar as oportunidades que chegaram, primeiro pelos trilhos da ferrovia e depois, e ainda hoje, pelo asfalto das rodovias.
Águas da Prata soube tirar grande proveito de oportunidades surgidas como frutos do acaso. Contudo, olhando de perto, logo se observa como essas oportunidades, digamos até que esse “acaso”, só foram possíveis pelo desenvolvimento da infraestrutura de mobilidade da cidade. A sorte chegou aos pratenses primeiro de trem e depois, e até hoje, pelas rodovias.
O primeiro golpe de sorte se deu em 1876. Nesse ano, sua atração mais famosa, as águas medicinais, foi descoberta por um dentista de passagem. Ele estava com azia, bebeu de uma das dez fontes da região e logo se sentiu melhor. Isso porque o líquido tem uma boa quantidade de bicarbonato de sódio, útil para curar problemas intestinais. Foi essa maravilha que atraiu para lá, dez anos depois, o imperador dom Pedro II. O regente estava em São Paulo para a inauguração de um trecho de trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Quis visitar o então povoado para provar das águas medicinais. Olha que sorte!
Ao chegar lá, porém, dom Pedro II se incomodou com o nome da estação ferroviária: Garganta do Inferno. Nada convidativo. Resolveu-se então alterá-lo para Estação da Prata, como conta o apresentador Marcelo Tas no décimo e último episódio do primeiro caminho percorrido por “Os Movimentos das Cidades”, série de vídeos, podcasts e editoriais como este, idealizada pelo Virtù, com apoio do Grupo CCR.
O trem atraiu cafeeiros. No início do século XX, quando estes viram o negócio falir diante da crise do mercado do café, a ferrovia deixou de ser economicamente viável. A solução, por iniciativa do governo de São Paulo, com a criação da Secretaria dos Negócios e da Viação de Obras Públicas, em 1927, foi ligar o município à malha rodoviária.
A agricultura continuou a ter papel fundamental, com o comércio possibilitado pelas estradas. Hoje em dia há 1.100 hectares com 1,5 milhão de pés de café. O município também se beneficia de plantações de batata e de pecuária, além da indústria do engarrafamento de água. Mas as rodovias impulsionam também outra vocação pratense: o turismo.
Há quem visite a cidade em busca de refúgio e de se banhar nas águas medicinais. Outros vão atrás de adrenalina, pois Águas da Prata se tornou um destino referência para esportes de aventura na natureza – em ranking do governo de SP, é tida como a 13ª cidade mais “verde” do estado. E existe o interesse religioso, espiritual, porque passa por lá o “Caminho da Fé”, peregrinação que leva os fiéis até Aparecida, por meio de vilarejos, trilhas e trechos de estradas.
A chegada à cidade se dá pela rodovia Gov. Dr. Adhemar Pereira de Barros, a SP-342. É ela o caminho para o escoamento da agricultura, para o comércio de água engarrafada, assim como para os turistas que buscam tanto tranquilidade quanto aventuras em Águas da Prata. Como mostra Marcelo Tas ao entrevistar moradores para o vídeo e o podcast de “Os Movimentos das Cidades”, a qualidade da estrada é motivo de elogios.

Só que há também um incômodo notável. “[a SP-342] Trouxe um problema. A estrada passa bem no meio da cidade. Trânsito pesado e muito caminhão”, resume Tas, pouco antes de conversar sobre o assunto com uma empreendedora pratense. A concessionária CCR, apoiadora da série “Os Movimentos das Cidades”, planeja investimentos de 170 milhões de reais, que devem gerar 4 mil empregos (o equivalente a metade da população pratense), para a construção de um anel viário que vai separar o trânsito local do de caminhões.
Assim será possível privilegiar cada vocação econômica de Águas da Prata, sem o risco de um caminho atrapalhar o outro. Haverá benefícios para o vaivém de produtos, transportados pelos caminhoneiros. E a cidade ficará mais calma, com trânsito bem menos ruidoso, sem a passagem dos veículos maiores bem pelo meio das residências e das pousadas. Vai ser um alívio para os moradores e para o turismo. O tráfego que não coloque em conflito os lados mais prósperos de Águas da Prata possibilitará aos pratenses continuar a tirar proveito das ótimas oportunidades de viver numa cidade tão favorecida pelos acasos.

Estou muito interessada em conhecer melhor a cidade e, talvez, pedir remoção de uma escola estadual da cidade de Bauru para outra de Águas da Prata. Inclusive já estou pesquisando valor de imóveis, pois se tudo dar certo quero fazer minha transferência no início de 2021.
Depois de visitar varias vezes a cidade de Águas da Prata, decidi adquirir um imóvel, em um condominio histório da cidade, construido nos anos 60 do século passado, numa linda alameda arborizada em frente a um fontanario centenário! A cidade é arborizada e muito florida, tem ótima infra-estrutura, um comercio diverso e suficiente para as necessidades básicas.