As estradas impulsionam o desenvolvimento econômico e levam visitantes à região desde antes de os portugueses desembarcarem no litoral brasileiro.
A cidade paulista de Avaré historicamente se beneficia de sua boa localização. O trânsito pela região começou antes mesmo da chegada dos portugueses. No período pré-colonização, passava por lá a rudimentar estrada Peabiru, usada por indígenas e que ligava o lugar em que se situa hoje a cidade de Cusco, no Peru, ao litoral brasileiro. O caminho cortava a área de Avaré, por onde já começavam a circular pessoas. Com o passar dos séculos, a ferrovia e, depois, as rodovias impulsionaram o progresso da região, possibilitando que atualmente a cidade desenvolva uma economia voltada à agropecuária e ao turismo. Dois mercados que, justamente, dependem da ótima localização, que recebe um benéfico vaivém de pessoas desde antes de Pedro Álvares Cabral.
A segunda etapa da série “Os Movimentos das Cidades”, com vídeos, podcasts e editoriais, idealizada pela Agência Virtù, com produção da equipe do apresentador Marcelo Tas e apoio do Grupo CCR, mostra como as rodovias tornam hoje Avaré a “Terra do Verde, da Água e do Sol”, apelido pela qual é conhecida. Um município que se tornou uma grande atração para o turista paulista, além de polo de desenvolvimento do agronegócio.
Desde a fundação de Avaré, em 1891, a população se preocupa em facilitar a mobilidade dos moradores e de quem está de passagem pela cidade. Naquela época, o avareense Maneco Dionísio, fundador do semanário O Rio-Novense, fez uma campanha de comunicação hercúlea para convencer o governo do estado a programar a passagem da ferrovia, a icônica Estrada de Ferro Sorocabana, pelo município. O sucesso da iniciativa de Dionísio levou ao progresso.
Com a Sorocabana vieram também os fazendeiros. Primeiro, com foco no cultivo de café. Depois, de algodão. Hoje, 70% do território é ocupado por plantações, como destaca Tas no vídeo de “Os Movimentos das Cidades”. Para os empresários da área, é essencial garantir uma boa logística para a venda desses produtos, destinados majoritariamente a consumidores de fora da região. É como explicaram Cris Ferreira e Pedro Berengani, que cultivam alimentos orgânicos, em entrevista a Tas: “Aqui em Avaré a gente está na beira da Castello Branco, uma rodovia que já foi muito premiada (…) o escoamento é fácil”.
A ágil mobilidade pelos arredores desse que é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo estado de São Paulo, também motiva a chegada de visitantes. São muitos os atrativos, como a Represa de Jurumirim, construída na década de 1960 e que, além de gerar energia, irrigar terras e ajudar no controle da vazão do rio, tornou-se um paraíso para os praticantes de esportes aquáticos. Já feiras como a Exposição Municipal Agropecuária de Avaré servem de palco para empresários do setor firmarem negócios. E tem o celebrado Fampop, festival de música popular responsável por revelar nomes que viraram estrelas, como Chico César, Lenine e Zeca Baleiro.
O município de Avaré possui em sua malha rodoviária duas importantes vias, a Castello Branco (SP 280) e a João Mellão (SP 255), administradas pela CCR, apoiadora de “Os Movimentos das Cidades”. Desde 2000, uma série de investimentos aprimorou essas estradas, alavancando o desenvolvimento.

É o caso da duplicação da João Mellão, entre os quilômetros 254 e 261. Ao custo de R$ 177 milhões, a empreitada, assim como outras melhorias – a exemplo da extensão de marginais e da implantação de acessos e passarelas –, teve como efeito principal deixar o trânsito mais seguro. Desde a conclusão da obra, em 2017, registrou-se 61% de redução no número de acidentes no trecho. Para continuar avançando, como no agronegócio e no turismo, o município de Avaré recentemente requisitou à CCR a implantação de um novo acesso, assim como um retorno, no quilômetro 260 da João Mellão. Também foi pedida a duplicação de mais 15 quilômetros entre a Castello Branco e o município. A população nota a importância de uma mobilidade eficiente para impulsionar o progresso. Afinal, desde antes do desembarque das caravelas portuguesas, a região cresce ao redor das estradas.
