VirtùNews
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Home
  • Entrevistas
  • Política
  • Economia e Negócios
  • Reformas Estruturais
  • Infraestrutura
  • Home
  • Entrevistas
  • Política
  • Economia e Negócios
  • Reformas Estruturais
  • Infraestrutura
Sem resultados
Ver todos os resultados
VirtùNews
Sem resultados
Ver todos os resultados
Home Artigo

Biden vai à Europa em busca de aliados para conter a China

junho 10, 2021
em Artigo, Democracia e populismo, Economia e Negócios, Política
Tempo de leitura: 4 mins
0
0
Biden vai à Europa em busca de aliados para conter a China

President Joe Biden walks through an Honor Guard Cordon at the conclusion of the Coast Guard Academy Commencement on Wednesday, May 19, 2021, at the Coast Guard Academy Cadet Memorial Field in New London, Connecticut. (Official White House Photo by Adam Schultz)

TwitterLinkedinWhatsapp

Em sua primeira viagem internacional, o presidente americano tenta superar a herança maldita de Trump e forjar estratégia conjunta para enfrentar o avanço chinês. Investigação sobre a origem da pandemia estará em debate.

Artigo de Vinícius Müller, doutor em história econômica, professor do Insper e do CLP

O presidente dos EUA, Joe Biden, faz a sua primeira viagem internacional tendo na agenda reuniões de cúpula do G7, o grupo das nações mais poderosas do mundo, encontros na União Europeia e na Otan, o tratado de segurança do Atlântico Norte, além de uma série de reuniões individuais com líderes europeus. Será o primeiro grande ato de Biden na arena internacional desde a sua posse. Sua missão primordial será restabelecer as pontes do multilateralismo solapadas pelo isolacionismo populista de Donald Trump.

Para os americanos e seus aliados, a Casa Branca apresenta a viagem como uma iniciativa em defesa da democracia ante o avanço de governos autoritários. Biden trabalha para angariar apoio e estabelecer laços em torno de princípios de colaboração e do livre mercado como contraponto à China. 

As ações de Biden demonstram que para os EUA as políticas de contenção do avanço chinês continuam uma prioridade. Trump e seus métodos saíram de cena, mas não o entendimento político de que os americanos precisam reagir para não cederem terreno econômico e geopolítico para o adversário asiático. Prova disso é que acaba de ser aprovado no Senado, com apoio bipartidário, um pacote no valor de US$ 250 bilhões para o país ampliar os seus investimentos em pesquisa e tecnologia.

Artigosrelacionados

No desgoverno de Bolsonaro, País sofre com inflação elevada e PIB fraco

A utópica quarta via

Barueri e São Caetano ficam no topo do Ranking de Competitividade e no Ranking ESG

O plano segue agora para votação na Câmara. Biden também anunciou que os EUA doarão a cerca de 100 países um total de 500 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Moderna ao longo do próximo ano. É um contragolpe à diplomacia da vacina que vem sendo praticada por Pequim. Biden também determinou que se investigue a fundo a possibilidade de o vírus da Covid-19 ter vazado de um laboratório de Wuhan e quer a ajuda dos europeus na elucidação da origem da pandemia.

Biden vai dando mostras de seu empenho em reerguer os valores multilaterais e assim esvaziar as tensões geopolíticas da escalada recente na guerra fria entre EUA e China. Para muitos especialistas em relações internacionais, quanto maior a integração econômica, menor a chance de ocorrer um conflito bélico. É algo que poderá ser colocado à prova em breve.  

A vitória da economia de mercado dos EUA sobre o dirigismo soviético serviu de antessala à ascensão chinesa que, indubitavelmente, ocorreu voltada à sua integração econômica ao mercado global. Ao mesmo tempo, a China insiste em destacar suas diferenças com a democracia liberal, seja em sua relação com Hong Kong e Taiwan, seja no reforço do poder de Xi Jinping.

E se a integração chinesa ocorreu sob as regras da liderança norte-americana (lembremos do ingresso da China na OMC, em 2001), durante a presidência de Trump essa liderança mostrou-se, em grande medida, refratária ao papel exercido pelos próprios EUA no segundo pós-guerra.  

A ascensão da China e a negação da liderança dos EUA pelos próprios americanos fizeram com que a antiga analogia da “Armadilha de Tucídides” fosse resgatada. Essa “armadilha” diz que quando a ascensão de uma nova potência ameaça outra já estabelecida, mesmo que tenham características comuns, as diferenças entre elas levam-nas à guerra. Na Antiguidade, diz Tucídides, a ascensão da aristocrática Esparta frente à democrática Atenas culminou na Guerra do Peloponeso.

Essa analogia pode explicar, segundo seus defensores, tanto a Primeira Guerra entre a ascendente Alemanha e as assentadas Inglaterra e França, quanto a situação entre a China e os EUA hoje. Porém, a integração econômica que envolve as potências atuais serviria de obstáculo a uma guerra que, no máximo, seria comercial e tecnológica – portanto, insuficiente para um conflito bélico.

A vitória de Joe Biden e a retomada de uma agenda ideológica e de valores, como direitos humanos, voltada ao reposicionamento da liderança dos EUA, acendeu uma nova maneira de entendermos os limites da integração econômica entre as duas potências e a retomada de preocupações militares. Assim, os alertas japoneses sobre a expansão militar chinesa no indo-pacífico e o endurecimento da posição do gigante asiático em relação a Taiwan e Hong Kong hoje parecem fazer mais barulho do que ontem. E a pandemia, com sua possível origem chinesa, torna essa relação ainda mais delicada. 

A possibilidade de o vírus ter escapado de um laboratório chinês, o que soava como teoria da conspiração, ganhou nova rodada de especulações quando a Austrália, país que nem de longe é caracterizado por posturas populistas, realimentou essa versão. A China prontamente lembrou que o país da Oceania é signatário de um acordo com Índia, Japão e EUA, o que parece ser uma resposta ao avanço do comércio chinês no centro asiático. Contudo, Biden levantou a mesma suspeita, dando apoio público às investigações sobre o comportamento chinês nos primeiros dias daquilo que se transformou na pandemia global. 

As tensões entre China e EUA vão culminar em uma guerra aberta? Os interesses comerciais de lado a lado pesam, mas, assim como no passado, o mercado não está blindado totalmente de outros fatores – históricos, religiosos e geopolíticos. Se não é o mercado que causa a guerra, tampouco ele é capaz de, sozinho, evitá-la.

Tags: bidenChinaeuaTrump
Notícia anterior

Tasso Jereissati | A avenida do centro e o risco Bolsonaro

Próxima notícia

Leandro Piquet Carneiro | Risco de golpe e bolsonarização das PMs

Próxima notícia
Leandro Piquet Carneiro | Risco de golpe e bolsonarização das PMs

Leandro Piquet Carneiro | Risco de golpe e bolsonarização das PMs

‘Motociatas’ de Bolsonaro são retrato da democracia em perigo

‘Motociatas’ de Bolsonaro são retrato da democracia em perigo

Virtù nas Redes


O Virtù produz análises aprofundadas com base em dados e fatos. Compartilhamos insights sobre os verdadeiros desafios e oportunidades que impactam o bem estar do Brasil.

Assine a nossa newsletter
  • Este campo é para fins de validação e não deve ser alterado.

© 2021 Virtù News - Todos os direitos reservados.

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Home
  • Entrevistas
  • Política
  • Economia e Negócios
  • Reformas Estruturais
  • Infraestrutura

© 2021 Virtù News - Todos os direitos reservados.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?