A sociedade civil e as instituições democráticas criam novas artérias para contrabalançar Bolsonaro e levar o País até outubro de 2022, quando o presidente finalmente poderá ser retirado pelo voto.
Artigo de Luiz Felipe d’Avila, publisher do Virtù News.
A pesquisa Datafolha revela um Presidente da República desmoronando. Seu descrédito é total. Segundo a pesquisa, 51% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo. Mais da metade das pessoas avaliam Jair Bolsonaro como despreparado, desonesto e incompetente.
Se o Brasil tivesse um regime parlamentarista, a solução seria simples: Bolsonaro seria destituído do poder por meio de um voto de desconfiança. Mas, no presidencialismo, estamos condenados a aturá-lo até a realização da próxima eleição, em outubro de 2022. O problema é que a permanência de um presidente incompetente, desonesto e despreparado no poder causa profundas sequelas no país, especialmente no momento de crise gravíssima.
A miséria e a fome castigam a vida dos mais pobres. A inflação devora o ganho dos brasileiros. O desemprego recorde destrói pessoas e famílias. A economia estagnada arruína negócios e empresas.
Infelizmente, não há como resolver esses problemas com um presidente incompetente no comando da nação. Será preciso contrabalançar a incompetência do presidente com atos de grandeza das instituições e da sociedade civil.
A Câmara dos Deputados, por exemplo, aprovou na semana passada a Lei das Debêntures, uma medida fundamental para permitir o financiamento de obras de infraestrutura. Os principais líderes dos partidos políticos se uniram para frear a insanidade presidencial de reintroduzir o voto impresso. Uma aberração para um País que tem um dos sistemas eleitorais mais seguros e do mundo.
Governadores e prefeitos se mobilizam para vacinar a população, a despeito de um presidente que é contra os imunizantes, contra o uso de máscaras e contra as medidas de distanciamento social. A sociedade civil se mobiliza e trabalha em parceria com os governos estaduais e municipais para distribuir cestas básicas para as pessoas imersas na miséria.
Assim o Brasil vai criando novas artérias para atravessar a crise e sobreviver até outubro de 2022, quando o eleitor poderá remover, por meio do voto, um presidente incompetente, desonesto e despreparado.
Se preferir, escute na voz de Luiz Felipe D’Avila