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Coronavírus: por quem os sinos dobram

março 10, 2020
em Economia e Negócios
Tempo de leitura: 4 mins
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A reação desproporcional ao novo vírus é uma vitória da narrativa sobre os fatos. O temor a ele se espalhou em um turbilhão movido ao pânico infundado. Sua maior ameaça já começa a aparecer: é o enxugamento do crédito e a resultante estancada da economia mundial.

Está sendo extremamente desproporcional a reação à epidemia do novo Coronavírus. O mundo contemporâneo viveu – e, pensando bem, ainda vive – sob o perigo de uma guerra nuclear total capaz de exterminar a presença de vida no planeta. Mas nunca parou por causa disso. Em outubro 1962, durante a chamada Crise dos Mísseis, provocada pela instalação de arsenal atômico soviético em Cuba, a possibilidade de uma hecatombe nuclear global bateu, no auge, a um em quatro, ou seja, chegou a 25% a chance de não estarmos aqui hoje, nenhum de nós. Mas o mundo não parou. Agora, por causa do aparecimento de um novo vírus da gripe, um tipo até então desconhecido de coronavírus, o planeta está dando uma pausa perigosa nos motores da economia globalizada.

Prejuízos por todos os lados

A bolsa de Valores no Brasil afundou 12% em único dia, pior queda em mais de duas décadas.  Os mercados financeiros em todo o mundo viram evaporar em apenas 6 dias de perdas seguidas 6 trilhões de dólares em valor acionário das empresas – riqueza acumulada durante os últimos 11 anos. As empresas aéreas perderam passageiros em um volume tal que só encontra paralelo aos dias que se seguiram ao ataque terrorista às Torres Gêmeas e ao Pentágono em setembro de 2011.  Na China e na Itália dois dos países mais fortemente atingidos pela epidemia, 3 em cada quatro passageiros desistiu de viajar por medo da infecção.  O barril de petróleo perdeu em um único dia um quinto do seu preço, derrubando o valor das empresas do setor. A brasileira Petrobras vale hoje 51 bilhões de dólares a menos do que antes da ofensiva biológica mundial do novo coronavírus. Ao desastre nas bolsas, como quase sempre ocorre, sobrevém outro pior, que é o enxugamento do crédito e a resultante estancada da economia mundial. Mas era para tanto?

A narrativa vence os fatos

A reação desproporcional ao novo vírus é um sinal dos tempos. Ela é uma vitória da narrativa sobre os fatos. O temor a ele se espalhou em um turbilhão movido ao pânico infundado.  O novo coronavírus é um agente infeccioso de razoável capacidade de propagação pelo ar e por contato em superfícies onde se deposita. Sem controle ele se espalha até com o dobro da velocidade uma gripe comum– mas é de 20 a 60 vezes mais lento do que outros agentes patológicos como os que provocam a tuberculose, o sarampo ou a gripe aviária.  Além disso, ele é altamente sensível ao calor e morre quando exposto a temperaturas de 26 a 27 graus centígrados – o que, praticamente, inviabiliza sua propagação nos meses quentes das regiões de clima temperado e, em boa parte do Norte e do Nordeste do Brasil, em qualquer época do ano.

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Comparação entre letalidades

Dada a imensa gama de moléstias que a humanidade conheceu e venceu até hoje, a doença que o novo coronavírus provoca também está longe de ser algo assustador. Ele só raramente se instala no organismo de crianças. Em adultos jovens sem outros problemas de saúde, o novo coronavírus tem uma taxa de letalidade de apenas 0,9% — um terço apenas, por exemplo, do poder de matar da dengue.

O novo coronavírus é, obviamente, mais letal em pacientes que já sofram do coração (10,5%), de diabetes (7,3%), tenham deficiências crônicas do aparelho respiratório (6,3%), pressão alta (6%) ou câncer (5,6%).  De 113.582 casos confirmados de janeiro até hoje, o novo coronavírus levou à morte 3.996 pessoas. Na média mundial, 30 de cada 40 infectados já se recuperou ou está a caminho de se recuperar. Entre os outros que ainda lutam contra a doença, 87% são casos leves com excelentes chances de recuperação e apenas 13% foram classificados como casos sérios ou críticos. Dos 25 casos no Brasil oficialmente informados à Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas um é de paciente em estado grave.  

Enquanto isso, de outubro de 2019 a fevereiro deste ano, a gripe comum de inverno (“influenza sazonal”) matou, só nos Estados Unidos, 52 000 pessoas. Em único dia no mundo, a tuberculose mata 3 014 pessoas, a hepatites B, 2 340 e até a Aids ainda mata diariamente 2110 pacientes. Mas, por alguma razão que ainda precisa ser entendida, os sinos dobram apenas para as vítimas do novo coronavírus.

Tags: coronavírus
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