O Café com o CLP recebeu o apresentador e empresário Luciano Huck, um nome influente na corrida presidencial de 2022. Ele afirma que é cedo para definir candidaturas, mas diz que vai participar ativamente da construção de uma chapa alternativa à polarização política.
Ou a terceira via tem uma conexão com a rua ou ela estará fadada a ser pouco competitiva nas eleições do próximo ano. Essa foi a mensagem do apresentador e empresário Luciano Huck, em uma conversa com o cientista político Luiz Felipe d’Avila, em mais uma edição do Café com o CLP.
00:16 Defesa da democracia
03:15 Candidaturas contra o populismo
04:23 Falta de projeto e resgate da esperança
07:19 Prioridades para o País
09:26 Cenário político para 2022
O encontro virtual ocorreu na tarde de quarta-feira (12 de maio) e reuniu mais de cem pessoas interessadas em ouvir o que Huck tinha a falar sobre a sua visão do País e sobre as suas pretensões no mundo da política. Frequentemente apontado como um nome forte para disputar a Presidência, o apresentador será um nome influente no cenário político dos próximos meses.
Como unir o centro político em torno de uma candidatura única para superar a polarização entre Bolsonaro e Lula? Para Huck, essa é uma pergunta de US$ 1 milhão. Mas afirmou que se for “uma candidatura de gabinete, dialogando apenas com a Faria Lima, da elite pensante e econômica que acha que pode impor a terceira via”, será uma candidatura fadada à derrota. “Ou construímos uma terceira via que fale com a rua e se conecte com as pessoas, que consiga materializar o que o povo está vivendo, não tem como realizar uma jornada de sucesso.”
O empresário insistiu em que não se podem queimar etapas na definição de candidaturas, a despeito das movimentações políticas e da pressão exercida pela imprensa. “Não pode haver ansiedade, trata-se de uma construção complicada”, afirmou.
Mas declarou que vai se envolver ativamente na construção da candidatura de terceira via. “Quero participar e ajudar a comunicar um projeto que se conecte com as pessoas”, disse ele. “As pessoas precisam ser ouvidas. Se elas não se sentirem ouvidas e não participarem, se o lugar onde elas nasceram não permitir que elas participem do debate, não vai dar certo.”
Na conversa, o apresentador falou da necessidade de o Brasil ter projetos em áreas como a educação e o meio ambiente, senão o atraso no desenvolvimento não será revertido. “Por não ter projetos, o Brasil gasta muito sem estratégia e sem planejamento”, disse. E mostrou preocupação com os efeitos da pandemia sobre o ensino. “Levaremos décadas para superar a falta de aula desses dois anos.”
O encontro foi mais um da série promovida pelo CLP com a presença de presidenciáveis de centro. Já falaram Eduardo Leite, Luiz Henrique Mandetta, Sergio Moro e João Dória (Melhores momentos do Café com CLP).