Desocupação e inflação castigam o bem-estar das famílias brasileiras. A nova edição da série de vídeos Virtù Explica ouviu especialistas para saber quais as ações prioritárias para o País superar a crise crônica da falta de oportunidades
Existem quase 15 milhões de brasileiros à procura de uma ocupação e outros 15 milhões que gostariam de trabalhar mais, em uma ocupação fixa, caso tivessem oportunidade. Entre os empregados, 40% deles vivem na informalidade. O Brasil tem hoje uma das mais elevadas taxas de desemprego em todo o mundo, isso apesar de o governo Jair Bolsonaro ter apostado na estratégia irresponsável de sabotar as medidas sanitárias necessárias para conter o vírus sob a lógica de que seria negativo para a economia.
A destruição de oportunidades aprofunda a miséria e a desigualdade, fazendo o País regredir nas conquistas sociais da década passada. As dificuldades são ainda maiores por causa da forte alta na inflação. Os reajustes nos preços de itens básicos, como os alimentos, combustíveis e tarifas, penalizam sobretudo os mais pobres.
Em quatro capitais brasileiras, a inflação já superou os dois dígitos. O quilo do frango subiu 20% nos últimos 12 meses, e no quilo do arroz a alta foi de 40%. O gás de botijão teve reajuste de 30%, a gasolina aumentou 40% e o etanol 57%.
Na edição do Virtù Explica desta semana, ouvimos especialistas para entender a dimensão da crise, as suas causas e como superá-la.
“Muita gente parou de procurar emprego no ano passado com a pandemia. Agora não tem muita alternativa”, afirma Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados. “A população não consegue ficar parada e volta a procurar emprego. Então vemos um movimento forte de força de trabalho e pressiona a taxa de desemprego.”
Mas até quando o número permanecerá tão elevado? É difícil estimar com precisão, ainda mais diante da instabilidade política e da perda de confiança dos investidores no País. A retomada dos empregos exige estabilidade econômica e reformas estruturais que destravem os projetos empresariais e ajudem na abertura de novas fábricas e na construção de obras na infraestrutura, por exemplo.
O movimento Unidos pelo Brasil reúne organizações e entidades que trabalham para aprovação de propostas que façam isso acontecer na prática. São mais de 20 projetos, alguns deles já aprovados, como o novo Marco do Saneamento. A universalização dos serviços de água e esgoto deverá atrair mais de R$ 500 bilhões em investimentos ao longo da próxima década. Outro projeto aprovado foi a nova Lei do Gás Natural, que poderá atrair R$ 60 bilhões em novos projetos e criar mais de 4 milhões de empregos.
Assista ao vídeo do Virtù, compartilhe e participe desse debate em nossas redes sociais. No próximo vídeo, vamos falar sobre a importância da educação para superar a crise do desemprego crônico.