Série de vídeos e podcasts apresentada por Marcelo Tas e apoiada pela CCR revela como rotas, ferrovias e, hoje, estradas impulsionam o progresso das cidades do interior paulista
Ao percorrer dez das 645 cidades do estado de São Paulo, os vídeos e podcasts de “Os Movimentos das Cidades”, idealizados pela Agência Virtù, com apoio do Grupo CCR, revelaram histórias que tornam SP o poderoso centro econômico, cultural e científico que é. No qual, como escreveu Marcelo Tas, apresentador da série, em artigo no Linkedin, “mobilidade e diversidade são os eixos para inovação e desenvolvimento”. Primeiro em torno de rotas de indígenas, tropeiros e bandeirantes, depois por estradas de ferro e hoje pelas rodovias, os municípios paulistas progridem.
Tenha Sorocaba como exemplo. A região começou a se desenvolver ainda antes da colonização, quando indígenas percorriam a Peabiru, estrada rústica transatlântica pela qual chegavam até os Andes. No século XVI, o mesmo trajeto foi utilizado por bandeirantes, missionários, trabalhadores das minas. Em 1875, com a inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana, os cavalos foram trocados pelos trens. Os trilhos propiciaram a formação de um polo de indústria têxtil. Com o tempo, as estradas substituíram a ferrovia, o que chamou a atenção de outros mercados, como o de eletrônicos, o automotivo e o de telecomunicações.
Já o DNA empreendedor que move Osasco, dona do segundo maior PIB do estado, teve seu embrião em uma estação de trem. A ferrovia atraiu empreendedores do fim do século XIX e início do XX. Foi a malha rodoviária, formada por Castello Branco, Raposo Tavares e Anhanguera, a responsável por continuar a levar o progresso à cidade. Em torno dessas estradas, estabeleceram-se empresas do porte de Bradesco, iFood e Mercado Livre. A história então se repete nos outros oito municípios da série “Os Movimentos das Cidades”, com ferrovias e rodovias permitindo que cada local desenvolva suas vocações econômicas.
Outro exemplo que se assemelha a Osasco em um aspecto essencial é Barueri: as rodovias levaram para lá 28 mil empresas, incluindo nomes icônicos como McDonald’s, Netflix e Adidas, impulsionando a economia local, sendo hoje o 15º município mais rico do país.
Cada cidade tem um perfil distinto. Campinas se firma como referência mundial em ciência, inovação e empreendedorismo. Para ter uma dimensão da força da cidade, considere que a Unicamp, além de produzir 15% das pesquisas científicas nacionais, é berço de negócios que hoje movimentam R$ 7,9 bilhões de dólares ao ano. Um ótimo exemplo é a Movile, a maior desenvolvedora de aplicativos de celulares e tablets na América Latina.
Os números, os dados, as informações foram centrais para revelar a identidade das cidades (confira um comparativo no quadro mais abaixo). Sabia que 1,5 milhão de pés de café impulsionam a economia de Águas da Prata, também paraíso do ecoturismo?
Bragança Paulista se destaca entre as vinte cidades mais seguras do país.
Louveira lidera o ranking de municípios mais desenvolvidos do Brasil, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Social.
Revelou-se a vocação de cada cidade. Em Tatuí, formam-se artistas talentosos no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, o maior da América Latina.
Avaré, uma das 29 estâncias climáticas de SP, tem 70% de seu território dedicado a plantações.
O agronegócio se firma também em Itapeva, origem de 69% do tomate produzido em SP.
O conteúdo, todavia, não desviou de problemas sociais e econômicos encarados por essas regiões. Itapeva, por exemplo, sofre com a desigualdade social. Entre as décadas de 1920 e 1930, esteve no centro da área conhecida como “Ramal da Fome”. O abandono tem consequências. Segundo levantamento do Índice Paulista de Responsabilidade Social de 2019, sete dos municípios da Região Administrativa de Itapeva estão agrupados entre os mais desfavorecidos do estado.
A solução para os problemas, ou para não estancar o progresso, está invariavelmente ligada a investimentos e, assim, ao desenvolvimento da infraestrutura das dez cidades da série, que servem como símbolos do cenário paulista. A prefeitura de Itapeva, para seguir no exemplo, já tem solicitado a duplicação de um trecho urbano da rodovia SP-258, com o acréscimo da construção de novas marginais, retornos e acessos. A melhoria, quando entregue, reduzirá os congestionamentos e tornará o trânsito mais seguro, beneficiando o escoamento de produtos agrícolas e industriais, assim como o vaivém de turistas.
O progresso da estrutura de mobilidade está intrinsecamente conectado ao desenvolvimento social, econômico e cultural em cada um dos dez municípios analisados detalhadamente na série. Uma fórmula que, quando bem executada, leva ao crescimento urbano e rural, em qualquer canto do planeta. Essa é a grande descoberta de “Os Movimentos das Cidades”.