VirtùNews
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Virtù Talks
  • Caráter e Liderança
  • Lado D
  • Artigos
    • Economia e Negócios
    • Política
    • Reformas Estruturais
    • Infraestrutura
  • Produção de Conteúdo
  • Virtù Talks
  • Caráter e Liderança
  • Lado D
  • Artigos
    • Economia e Negócios
    • Política
    • Reformas Estruturais
    • Infraestrutura
  • Produção de Conteúdo
Sem resultados
Ver todos os resultados
VirtùNews
Sem resultados
Ver todos os resultados
Home Política Liderança e gestão pública

Patricia Tavares | É preciso navegar paradoxos

outubro 30, 2020
em Liderança e gestão pública
Tempo de leitura: 7 mins
0
0
Patricia Tavares | É preciso navegar paradoxos
TwitterLinkedinWhatsapp

LIDERANÇA e GESTÃO PÚBLICA
*Professores do MLG – Máster em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP 

Artigo de Patricia Tavares |Co-fundadora e sócia da Datapedia.info. Consultora e Professora do Insper e do CLP.

É preciso navegar paradoxos

No setor privado, estar aberto ao processo de tentativas e erros tem sido muito valorizado, ainda mais nas empresas de tecnologia. Erre bastante, rápido e barato. Abra mão de controlar todo o processo e de planejar tudo com antecedência. O ano de 2020 acelerou essa máxima no setor privado e abriu novas perspectivas no setor público.

É possível que livros de história indiquem 2020 como novo marco da humanidade. Talvez um novo AC-DC (Antes e Depois do Corona), dada a velocidade de mudanças que estão ocorrendo em várias frentes e ao mesmo tempo, do uso da telemedicina como possível solução de diagnóstico, do home office em empresas que proibiam essa prática. Mas a escolha de 2020 como o “ano zero” omite um processo em andamento há mais tempo no mundo todo: o de transformação digital.

Artigosrelacionados

A utópica quarta via

Barueri e São Caetano ficam no topo do Ranking de Competitividade e no Ranking ESG

Almirante Ilques Barbosa: O papel das Forças Armadas no desenvolvimento do País

Transformação digital

No final da década de 90, empresas e governos começaram a identificar mudanças que a tecnologia poderia propiciar, como a interação em comunidades virtuais (do extinto Orkut) e o surgimento do comércio eletrônico (com a Amazon).

Nesses últimos 20 anos, a cada nova tecnologia que se tornava mais “amigável” e, portanto, mais disponível para a sociedade, consumidores e cidadãos pressionavam as empresas para que modificassem sua forma de atuação e sua proposta de valor.

A Estônia, após o desligamento da extinta União Soviética, tornou-se exemplo desse processo no setor público. Desde 1994, o país vem se transformando para criar uma sociedade com maior transparência, confiança e eficiência. Hoje, ele é reconhecido como a primeira sociedade digital no mundo, com 99% dos serviços oferecidos em um ecossistema on-line. Está lá, escrito no site do governo: “Aprendemos que o desenvolvimento de e-soluções não é simplesmente adicionar algo (camadas digitais), mas mudar tudo” (tradução nossa).

A onda de transformações de geração de valor afeta todos os setores. Mas não ao mesmo tempo. A lógica do vórtex digital ajuda a entender como cada setor foi sendo impactado por essas mudanças de maneira crescente. Elas trouxeram muitos paradoxos ao ambiente organizacional, conflitos e questionamentos de paradigmas e até mesmo da razão de existir.

Transformação digital NÃO é sobre tecnologia. É sobre uma nova proposta de valor que as tecnologias permitem vislumbrar. Essa nova proposta altera a lógica de atuação e pressiona por mudanças na arquitetura organizacional e no perfil de profissionais requisitados.

Transformação digital é um tema a ser mais explorado, especialmente no governo como plataforma. Mas não neste pequeno artigo. Aqui, a ideia é explorar uma outra face desse “cubo mágico”.

A habilidade de navegar paradoxos

Um aspecto constante desse turbulento período de transformação nas empresas e nos governos são as mudanças que exigem profissionais com habilidades específicas, aquelas para navegar – já que não se resolvem – paradoxos. É esse aspecto que exploro aqui.

Para lidar e liderar em um mundo complexo e mutável, as pessoas têm que ser capazes de pensar e de agir reconhecendo a coexistência de múltiplas perspectivas. Para isso, ter um modelo mental que abrace escolhas do tipo “AMBOS | E”, e não as do tipo “OU”, se torna um requisito. Quem gosta muito de certezas sofre bastante com isso.

Para liderar nesse contexto é imprescindível articular pontes entre os diferentes atores desse ecossistema e construir parcerias de transformação dentro e fora da organização. São necessários pensamento crítico e sistêmico e habilidades políticas de interação social.

O processo de transformação da proposta de valor não tem playbook. Assim, a construção do caminho é feita por meio de tentativas e de soluções temporárias – até o próximo “pivotar” –, enquanto a organização continua a entregar seus produtos e serviços. Esse caminho apresenta desafios que requerem resiliência e agilidade para aprender com os equívocos – e uma habilidade chamada ambidestria.

Estar aberto ao processo de tentativas e erros (ou protótipos e testes) força o gestor a abrir mão da lógica de comando e controle. A pandemia, por exemplo, forçou os sistemas a ter mais velocidade de resposta; essa pressão por velocidade levou a um aumento da autonomia na ponta (descentralização) e ao aumento da própria complexidade a ser gerenciada (pressionando a arquitetura organizacional). Pense no professor tendo que “se virar” para dar aulas remotas com crianças e gatos na sala. Requisito para o gestor? Capacidade de tolerar incertezas e conviver com ambiguidades. Neste caso, a “taxa de vaidade” da liderança também afeta a agilidade/velocidade de resposta.

Iterar e lidar com erros. Mover-se rápido para novas hipóteses. Construir pontes com atores diversos mantendo a criatividade para lidar com cenários do tipo “ambos/e”. Se a tecnologia tem acelerado e possibilitado a criação de modelos de atuação e de geração de valor nunca antes imaginados, o período requer uma reflexão sobre o novo papel de liderança nesses processos nos governos ou nas empresas.

Analisando os requisitos apresentados aqui, coletados em interações com executivos, acadêmicos e headhunters, tenho uma clareza em tempos tão incertos: autoconhecimento é o novo “inglês fluente” como requisito para líderes.


Quem é quem?

*Professores do Máster em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP

Patricia Tavares
Doutora em Administração pela FGV, Visiting Fellow of Practice da Blavatnik School of Government, Universidade de Oxford. Co-fundadora e sócia da Datapedia.info, a maior plataforma de dados sócio-econômicos e eleitorais do país. Consultora e Professora do Insper e do CLP.

Humberto Dantas
Doutor em ciência política pela USP, pesquisador pós-doutorando em administração pública pela FGV-SP. Head de Educação do CLP e coordenador do MLG – Master em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP.  

Antônio Napole
Administrador de empresas pela FGV-EAESP, bacharel em Rádio TV pela FAAP e mestrando em jornalismo nas Cásper Líbero. Napole é professor do MLG e vice presidente da Kaiser Associates, consultoria de estratégia. 

Fernando S. Coelho
Doutor em administração pública pela FGV, professor de gestão pública da EACH-USP.  Docente-colaborador do Master em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP.  

Diego Conti
Doutor em administração pela PUC-SP e pela Leuphana Universität Lüneburg (Alemanha) em governança urbana e sustentabilidade. Mestre em administração pela PUC-SP com pesquisa sobre indicadores de sustentabilidade. Consultor internacional, pesquisador e professor de pós-graduação do mestrado em Cidades Inteligentes e Sustentáveis da UNINOVE e professor associado do CLP – Liderança Pública.

Denilde Holzhacker
Doutor em ciência política pela USP. Foi visiting scholar no Bentley University, (MA, Estados Unidos). Professora na ESPM-SP e coordenadora do Legislab-ESPM. Integra a rede de professores MLG – Master em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP.  

Vinícius Muller
Doutor em História Econômica, colaborador da Revista Digital Estado da Arte, do Estadão,  e professor do INSPER e do CLP. Autor de Educação Básica, Financiamento e Autonomia Regional (Ed. Alameda) 

Rodrigo Estramanho
Bacharel em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (ESP), Mestre e Doutor em Ciências Sociais pela PUC/SP. É professor na FESPSP e no MLG, pesquisador do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política (NEAMP) da PUC/SP e psicanalista membro do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.

Humberto Falcão Martins
Professor da EBAPE/FGV e EAESP/FGV, visiting fellow na London School of Economics. Fundador do Instituto Publix. Foi Secretário de Gestão no Min. do Planejamento, delegado do Brasil no Comitê de Gestão Pública da OCDE e Presidente da Rede de Gestão Pública e Transparência do BID. Bacharel em Administração pela UnB, Mestre em Administração Pública pela EBAPE/FGV, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ENAP) e Doutor em Administração pela EBAPE/FGV.

Eduardo Deschamps
Doutor em Engenharia pela UFSC, Professor da Universidade Regional de Blumenau – FURB e do MLG – Master em Liderança e Gestão Pública do Singularidades-CLP. Conselheiro do CEE-SC. Presidente do CNE (2016-2018).

Gabriela Lotta
Doutora em ciência política pela USP, professora de administração pública pela FGV EAESP. Coordenadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB/FGV).

Tags: Liderança e gestão pública
Notícia anterior

Tiago Mitraud | Impacto e abrangência da Reforma Administrativa

Próxima notícia

Micromunicípios precisam ser extintos

Próxima notícia
Micromunicípios precisam ser extintos

Micromunicípios precisam ser extintos

Águas da Prata: próspera pelo equilíbrio entre a conservação da natureza, o turismo e a tradicional produção agrícola

Águas da Prata: próspera pelo equilíbrio entre a conservação da natureza, o turismo e a tradicional produção agrícola

Virtù nas Redes


Criamos um centro de debate de soluções concretas para questões urgentes do Brasil, onde entrevistamos figuras notáveis e talentos dos temas em voga no momento para dar o tom virtuoso da conversa.

© 2021 Virtù News - Todos os direitos reservados.

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Virtù Talks
  • Caráter e Liderança
  • Lado D
  • Artigos
    • Economia e Negócios
    • Política
    • Reformas Estruturais
    • Infraestrutura
  • Produção de Conteúdo

© 2023 Virtù News - Todos os direitos reservados.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?