Não são poucos: quase 20% dos parlamentares usam o poder conferido pelo povo para elaborar projetos que destroem as finanças públicas do País, chamados “pautas-bomba”. O Congresso deveria estar focado em aprovar os projetos de interesse da nação, como é o caso do marco regulatório do saneamento, que trará R$ 600 bilhões de reais em investimento privado para cuidar de um dos maiores descalabros sociais do planeta: os 150 milhões de brasileiros que vivem sem esgoto tratado.
VirtuNews, em parceria com o CLP – Liderança Pública, fez um levantamento das “pautas-bomba” no Congresso. “Pauta-bomba” são propostas que desrespeitam as limitações orçamentárias dos governos nacional e subnacionais, criando aumento de despesas recorrentes e da dívida pública para beneficiar o corporativismo estatal e interesses setoriais em detrimento do interesse da sociedade.
São mais de 110 projetos que, se aprovados, destroem as finanças públicas do País e nos condenarão a mais uma década perdida. Sem espírito público, tais parlamentares aproveitam a grave crise da pandemia para surrupiar projetos corporativistas e irresponsáveis que vão aumentar vertiginosamente o déficit público do governo, que foi de 94 bilhões de reais em abril; dinheiro que deveria estar sendo empregado na emergência da crise do Covid-19.
Pautas-bomba em gráficos
Conheça os autores, partidos políticos, tipo de impacto fiscal, risco de votação, foco e segmentos beneficiados. Ao final da página, VirtùNews disponibiliza uma tabela interativa com a lista completa dos dados abordados no artigo, e ainda a ementa e o link para a íntegra de cada uma delas.
É preciso mobilizar a sociedade civil, os movimentos sociais para pressionar o Congresso a jogar essas pautas-bomba na lata do lixo e evitar que esses descalabros sejam aprovados.