Desenvolvimento econômico e educação caminham juntos. Na era do conhecimento, empregos, produtividade e competitividade dependem de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento que inexistem sem educação de qualidade. Nesse artigo, VirtuNews aponta quatro medidas para transformar a educação básica no País.
Não existe País do mundo que conseguiu se tornar uma nação desenvolvida e quebrar a barreira da renda per capita acima de 25 mil dólares que não tenha investido maciçamente em educação de qualidade.
O investimento em educação se torna ainda mais urgente na era do conhecimento: geração de empregos, aumento de produtividade e de competitividade dependem de conhecimento, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, que inexistem sem educação de qualidade.
O Brasil atingiu o fundo do poço na educação. Segundo os dados recentes do Pnad Contínua, 11 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos.
Soma-se a esse número, o percentual estarrecedor de alunos que abandonam a escola: 61 milhões de jovens (48% dos jovens) não terminam o ensino médio.
Esse contingente gigantesco de analfabetos e de jovens sem escolaridade está condenando milhares de brasileiros ao desemprego, ao subemprego e a viver às custas de programas de transferência de renda.
Se o Brasil tivesse uma educação de qualidade, o esforço estaria concentrado no combate à evasão escolar. Mas a situação é muito pior. Os alunos que estão na escola não aprendem adequadamente o conteúdo básico.
Segundo o resultado do Programa Internacional de Avaliação dos estudantes do ensino médio (PISA), o desempenho dos jovens em matemática, leitura e ciência está entre os piores do mundo.
A tragédia da educação no Brasil é fruto de um País que nunca tratou o tema como prioridade nacional. Não há mistério em resolver a questão da educação básica.
A questão da educação básica
Primeiro é preciso garantir a alfabetização de toda criança até 7 anos de idade.
Segundo é vital transformar a carreira do magistério numa das mais cobiçadas do País para atrair os melhores alunos das universidades.
Terceiro é fundamental mensurar constantemente o desempenho de alunos para ver se estão aprendendo adequadamente o conteúdo do ano/série.
Quarto é necessário melhorar a gestão pública do sistema educacional. Do ministério da Educação à gestão da escola no menor município do País, perpetua-se o espírito corporativista, a ineficiência administrativa e o gasto absurdo com a máquina pública e a burocracia da educação que sorve boa parte do dinheiro que deveria ser gasto com a melhoria do aprendizado do aluno.
Novo ministro
O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, tem um enorme desafio pela frente.
Ele merece o voto de confiança para começar a desmontar o circo dos seus antecessores no MEC e tratar a educação com a seriedade e urgência que o tema exige. Afinal, esses desafios da educação continuarão a minar o crescimento econômico do País, o aumento de produtividade dos trabalhadores, a criação de empregos e o aumento de renda dos brasileiros.