Para a retirada do Brasil do pódio da desigualdade é essencial que as lideranças do Executivo, Legislativo e Judiciário estejam alinhadas para solucionar as seguintes questões: diminuir a insegurança jurídica e resgatar a confiança dos investimentos privados, incluir os mais pobres na economia formal, eleger as cinco reformas prioritárias para o aumento da produtividade econômica e definir cronograma de abertura gradual da economia.
A melhor política social para o Brasil é fazer a economia voltar a crescer. Essa deveria ser a pauta prioritária do governo, do Congresso e do Judiciário. O crescimento da economia é a alavanca para criar novos negócios e gerar novos empregos, atrair investimento privado, impulsionar o aumento da produtividade e a abertura da economia.
O dinamismo do crescimento econômico permite o aumento da renda dos trabalhadores, da arrecadação do governo e também da sustentabilidade financeira dos programas de transferência de renda.
O crescimento econômico é também o único meio de evitarmos o empobrecimento de uma nação que desperdiçou o boom demográfico e começa a envelhecer rapidamente. O Brasil envelhece mais rápido que a França, por exemplo. Foi preciso 120 anos para a França se tornar um país de idosos; o Brasil vai se tornar um país de cabeças brancas em 20 anos.
Força-tarefa pra retomada do crescimento
Para tirar o Congresso, governo e o Judiciário de suas pautas corporativistas e voltar a atenção para a pauta que interessa ao Brasil – a retomada do crescimento econômico –, VirtuNews sugere a criação de uma força-tarefa com as lideranças dos Três Poderes para responder às seguintes perguntas:
1. Quais são as medidas urgentes que precisamos tomar para diminuir a insegurança jurídica e resgatar a confiança dos investimentos privados e eliminar os entraves para a retomada do investimento em infraestrutura? Existem centenas de obras paralisadas e outros projetos prioritários (como é o caso do investimento em saneamento básico) que não saem do papel por causa da resistência do corporativismo político e da burocracia estatal.
2. Como incluir os mais pobres na economia formal? O aumento da pobreza, o desemprego recorde, somados os efeitos nefastos da política econômica do governo Dilma e da crise do Covid-19, destruíram o aumento de renda per capita da parcela mais pobre da sociedade entre 2001 e 2013.
3. Quais as cinco reformas prioritárias para impulsionar o aumento da produtividade econômica? E comprometer-se em aprová-las até o fim do ano.
4. Qual é o cronograma de abertura gradual da economia que permitirá ao País se tornar mais competitivo nos mercados globais num prazo de cinco anos?
Se não respondermos com urgência, competência e efetividade a essas perguntas, o Brasil continuará condenado ao baixo crescimento, ao desemprego recorde e ao primeiro lugar no pódio da desigualdade social.