Fechado ao mundo, Brasil tem produtividade estagnada há décadas e vive seu pior momento depois dos governos Dilma e Bolsonaro. Não devemos continuar desperdiçando as oportunidades para gerar emprego e renda.
Artigo de Luiz Felipe D’Avila, fundador do CLP – Centro de Liderança Pública e publisher do VirtùNews
A entrevista do economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, ao Virtù News, revela que o Brasil perdeu a grande oportunidade de se tornar uma nação competitiva na economia global. De 1950 a 1980, a economia brasileira cresceu em média 7,5% ao ano. Éramos uma espécie de China da época, um dos países que mais cresciam no mundo. Mas, a partir de 1980, o Brasil tomou o caminho errado.
Enquanto os países capitalistas e comunistas iniciaram uma série de reformas e liberalizantes para inserir seus países no comércio global, o Brasil se fechou para o mundo, criou as muralhas do protecionismo, não investiu nas reformas liberalizantes e tampouco investiu na melhoria da qualidade da educação.
Nossa mão de obra perdeu produtividade global, as nossas empresas foram incapazes de competir num mundo cada vez mais globalizado e o crescimento começou a derreter. Crescemos apenas 2,5% entre 1980 e 2010. A produtividade está estagnada há mais de 20 anos.
Depois dos governos de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, o Brasil passa pelo seu pior momento da história: a economia está praticamente estagnada, crescemos perto de zero. Isso demonstra um país que vem relutando há mais de 40 anos a aprovar as reformas estruturantes do estado.
Empurramos com a barriga todo o esforço necessário para aprovar as reformas como a administrativa e a tributária; as reformas para desregulamentar a economia e investir na qualidade da educação pública. Perdemos espaço internacional para outros países emergentes.
O Brasil continua a desperdiçar enormes oportunidades de gerar investimento, renda e emprego para a sua população. Se mantivermos a resistência à aprovação das reformas estruturantes do estado, vamos condenar várias gerações de brasileiros à pobreza, à miséria e à falta de oportunidades para crescer no mundo cada vez mais globalizado.
Se preferir, ouça na voz de Luiz Felipe D’Avila: