A ferrovia e, depois, as estradas tornaram a cidade de pouco mais de 120 mil moradores um polo de desenvolvimento econômico e cultural no sudoeste paulista.
Tatuí é conhecida como uma “capital da música” graças à fama do Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, o maior da América Latina. Na década de 1950, o governo escolheu a cidade como sede do que seria a primeira escola de música mantida pelo Estado de São Paulo, devido à forte tradição das bandas que percorriam as ruas do município. Esse viés cultural de Tatuí – como destacou Marcelo Tas no vídeo da série “Os Movimentos das Cidades”, sede de projetos incentivados pelo Instituto CCR, apoiador desta ação multimídia – tem ligação direta com o desenvolvimento da região.
O povoamento teve início com as plantações de algodão que começaram a se espalhar pela área em 1861. O produto motivou a construção de tecelagens, que se multiplicaram principalmente após a chegada da ferrovia, em 1889. Como também apontou Tas no vídeo, nos tempos contemporâneos a cidade cresce ao redor de quatro rodovias: Castello Branco, Prefeito Antônio R. Schincariol, Senador Laurindo Dias Minhoto e Gladys Bernardes Minhoto.
A quarta parada de “Os Movimentos das Cidades”, série com vídeos, podcasts e editoriais idealizada pelo VirtùNews, com produção da equipe do apresentador Marcelo Tas e apoio do Grupo CCR, destaca como o progresso tatuiense – ou melhor, “pé vermeio” (como os moradores chamam a si próprios) –, em sua economia agrícola e sua força cultural, foi possibilitado pelas estradas que permitiram com que o município avançasse. E se transformasse também em um agradável e seguro lugar de moradia.
No ano de 2000, a cidade foi escolhida como sede da CCR SPVias justamente por sua localização estratégica, às margens de rodovias como a Castello Branco. Nos vintes anos desde então, o grupo apoiador desta série tem investido em melhorias e na revitalização das vias, como na remodelação de trevos de acesso ao redor do município e na construção de uma passarela e pontos de ônibus. Por apostar no papel de Tatuí também como corredor estratégico para a instalação de empresas, a apenas 140 quilômetros da capital paulista, a concessionária finalizou, em 2017, uma marginal de acesso ao setor industrial, próximo à rodovia Antônio R. Schincariol.

A boa infraestrutura “pé vermeio” torna a cidade a 4ª mais segura para se viver no Brasil, segundo o Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (o Ipea). Os moradores têm uma renda mensal média de 2,6 salários mínimos, superior à registrada em 75% dos municípios paulistas. Os tatuienses são ainda conhecidos pela produção de saborosos doces caseiros.
A faceta mais conhecida, no entanto, é a cultural, principalmente devido ao célebre conservatório. As bandas de rua de Tatuí surgiram nas primeiras décadas do século XX. Logo pela manhã, os grupos percorriam as vias tocando canções para acordar os trabalhadores das tecelagens, que povoaram a região em torno da ferrovia. Há 100 anos, os conjuntos também compunham jingles para políticos locais. Essa tradição musical levou o governo de São Paulo a criar ali a escola de música.
O desenvolvimento da cidade, tanto econômico quanto cultural, esteve ligado aos avanços que facilitaram a mobilidade na região. Além disso, Tatuí tem papel fundamental como fornecedor de energia para municípios vizinhos, por meio da usina hidrelétrica inaugurada na cidade em 1911. Foi assim que se tornou um dos principais polos do sudoeste paulista. E, como mostram o vídeo e o podcast da série “Os Movimentos das Cidades”, de lá saíram artistas que levam a música brasileira para o mundo.
