As negociações na COP 26 abriram a possibilidade da criação de um mercado internacional de créditos de carbono, com possíveis ganhos bilionários para a economia brasileira. Em entrevistas ao Virtù, especialistas analisaram como o País pode aproveitar a transição rumo a uma economia de baixo carbono para incentivar o crescimento do PIB e o desenvolvimento social
A COP 26, a edição de Glasgow da Conferência das Nações Unidas para o Clima, trouxe avanços importantes para a transição mundial rumo a uma economia verde. Um dos aspectos foi a aprovação do livro de regras que vão possibilitar a criação de um mercado internacional de créditos de carbono.
O Brasil possui um potencial gigantesco. Poderá ser o maior fornecedor mundial de créditos de carbono e faturar até US$ 100 bilhões nos próximos anos.
O País também precisará investir mais na conservação ambiental porque essa é uma exigência dos compradores internacionais. Se não houver um basta ao destamatamento ilegal, a economia brasileira ficará sujeita a perder bilhões por causa das barreiras às suas exportações. Prejuízo duplo: perda no comércio mundial e também na fuga de investidores internacionais, que deixarão de colocar dinheiro nas companhias brasileiras.
Virtù ouviu, ao longo dos últimos meses, uma série de especialistas nos temas de ambiente, comércio internacional e agronegócio. A seguir, uma seleção dessas conversas.
Jorge Caldeira, Julia Marisa Sekula e Luana Schabib, autores do livro “Brasil: Paraíso Restaurável”
Marina Grossi, presidente do Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds)
Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil.
Marcos Jank, coordenador do Centro de Agronegócio Global do Insper
Juliano Assunção, diretor-executivo da Climate Policy Initiative Brasil e um dos coordenadores do projeto Amazônia 2030.