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Volta às aulas presenciais dá largada à corrida para reverter o atraso no ensino

agosto 31, 2021
em Covid-19, Governo Bolsonaro
Tempo de leitura: 4 mins
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Volta às aulas presenciais dá largada à corrida para reverter o atraso no ensino

Foto: LUCAS PRATES/HOJE EM DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Estudos mostram que as aulas remotas diminuíram os níveis de aprendizagem, o que poderá ter um impacto duradouro: até 10% de queda na renda futura dos estudantes. Sem uma ação estratégica, País corre o risco de ver aumento na evasão e nas desigualdades

Os estudantes brasileiros, de todos os níveis, estão entre os que mais ficaram sem aulas presenciais desde o início da pandemia da Covid-19: foram 13 meses longe das carteiras, contra 5 meses na média mundial.

Os alunos aqui acabaram sendo vítimas colaterais da polarização política. A insegurança causada pela guerra de informações a respeito da doença e pela falta de coordenação do governo federal em liderar o combate ao vírus levou os professores e os pais a optarem por uma atitude defensiva. Nos colégios privados, a reabertura gradual já vem ocorrendo há mais tempo. Na rede pública, no entanto, apenas agora as escolas voltam ao ensino regular, mas, em muitas cidades, ainda assim sem capacidade total. 

A partir de agora, começa a contar o cronômetro de uma corrida para recuperar o tempo perdido. Os indicadores revelam que as aulas remotas, apesar de terem evitado um prejuízo ainda maior, não conseguiram deter o retrocesso na aprendizagem. Será necessário um esforço duplo nos próximos meses e ao longo de 2022: superar as deficiências e reverter o risco de um aumento na evasão escolar. 

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Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada em junho, 40% dos pais e responsáveis disseram que os estudantes não estão evoluindo na aprendizagem, sentem-se pouco motivados e podem deixar a escola. O levantamento, que abrangeu estudantes de 6 a 18 anos de todo o País, foi feito por encomenda do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Fundação Lemann e do Itaú Social.

Os números revelam também a ameaça de as desigualdades sociais serem aprofundadas. Quase metade dos estudantes que vivem em famílias com renda de 1 salário mínimo pode deixar os estudos, enquanto entre as famílias que ganham entre 2 e 5 salários mínimos o percentual de possível evasão é de 31%. Entre os mais ricos, praticamente não há esse risco. Outro ponto indicado pela pesquisa do Datafolha foi o impacto na alfabetização das crianças que estão nos primeiros anos do ensino fundamental. Entre os pais do Nordeste, 28% disseram que as crianças regrediram no aprendizado; no Sul, o percentual de familiares com essa avaliação foi menor, de 17%.

Um estudo do Insper e do Instituto Unibanco procurou estimar qual será o custo futuro da queda nos níveis de aprendizagem entre os alunos que devem se formar no ensino médio em 2021. O trabalho, coordenado pelos pesquisadores Ricardo Paes de Barros e Laura Muller Machado, indicou que o ensino remoto reduziu acentuadamente a proficiência dos jovens em língua portuguesa e matemática, com possível impacto em seus rendimentos ao longo de toda a vida.

Em média, apenas 13% das aulas foram presenciais no ano passado. Com base em estudos internacionais, foi possível verificar que os alunos absorvem efetivamente 17% do conteúdo de matemática e as aulas exclusivamente à distância (não híbridas) e 38% do conteúdo de linguagem, quando os resultados são comparados com os obtidos nas aulas presenciais.

 

O menor nível de aprendizagem tende a dificultar a produtividade e a progressão profissional desses jovens no futuro. Sem que haja ações para mitigar os dados, o impacto poderá ser uma renda 10% menor ao longo da vida.

O quadro abaixo traduz esse prejuízo em três diferentes cenários. Caso os 35 milhões de alunos permaneçam no ensino remoto até o fim do ano, a redução na renda conjunta esperada para o total desse grupo de jovens pode chegar a R$ 1,5 trilhão.

Os jovens brasileiros, felizmente, não estão condenados a esse destino sombrio. As pesquisas servem de alerta e de orientação para coordenar as ações necessárias para reverter o atraso. Em uma entrevista recente ao Virtù, o economista Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, afirmou ser possível colocar a educação em um nível acima daquele em que se encontrava antes da crise. Mas isso exigirá uma política estratégica para os próximos anos, dedicada a aprimorar a qualidade do ensino e deter a evasão. 

Maior escolaridade e ensino de melhor qualidade possuem relação direta com a produtividade e o potencial de crescimento de uma economia. São essenciais para o avanço no bem-estar. Além do mais, menos evasão representa menos crimes, conforme mostram os estudos.

O Brasil vinha conquistando avanços na expansão e na qualidade da educação. Os gestores públicos terão que se dedicar agora para que a tragédia da pandemia não destrua um trabalho de anos.

Tags: educaçãoensino remotoevasão escolarpandemiapresencialvolta às aulas
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